sexta-feira, 18 de março de 2005

Mario Feres - Boletim 18 de Março de 2011

Dezoito de março, sexta feira. Um dia muito especial. Fiz dois turnos com o Mario, dois eventos distintos. O primeiro começou as 13 horas quando rumei pro Hospital São Paulo, ávido em comentar uma nova descoberta musical: A cantora Mina Mazzini cantando stands de óperas, principalmente o Mi Chiamo Mimi, de La Boemi (Puccini). Fiquei com a música na cabeça desde ontem.
Abro a porta e o Mario está ao telefone (clique), conversando com a Vânia (gripada) como homem de negócios. Depois ficamos uma meia hora quando chegou a dra. Belinda, doçura de pessoa e muito amiga do casal Mario e Vânia.
Falamos e falamos por duas horas, entre risos e causos saborosos. Foi quando ela me perguntou;
--- Você vai na ópera, hoje?
--- Que ópera?
--- La Boemi, do Puccini.
Não resisti e cantarolei um techinho do Mi Chiamo Mimi.

O Mario atento e de vez em quando implicando com minhas infinitas críticas ao fato de existir meio ingresso para estudante, etc.
Depois o Mario conversou com ela um tempão sobre os procedimentos no HC e o andamento das coisas. Depois fomos ao banheiro e ele ficou satisfeito com o resultado de uma ótima evacuada. A faxina ficou por minha conta, coisa que me engrandeceu em muitos aspectos. Ficou feliz da vida ao ver a coloração do esterco.
--- Jóia, disse ele enquanto espiava.
Papos mil até às 16 horas quando a Belinda se foi e ele deu uma deitada, cochilando em seguida.
Na saída cumprimentei o Marcelo (fisioterapeuta) e cheguei em casa por volta das 16:30 hs.
Retornei às 18:30 e encontro a Rita na poltrona e o Mario ainda sonolento. Falamos de tudo e foi uma delícia. O Mario tirou uma foto (clique). Caminhamos com o Mario até a varanda do Hospital, ao que ele ficou com a Rita por uns quinze minutos, sentado a contemplar o movimento das ruas enquanto a Rita segurava os apetrechos. Eu dei uma saidinha pra pitar um cigarro e tirei essa foto, com o Mario e a Rita.
Sempre levo a minha matulinha com algumas frutas, pão, bolacha de maizena, essas coisas. Na hora do jantar o Mario sorveu uma comidinha irresistível (clique). Peguei um pouco da carne e fiz um sanduíche com alguns pedaços de mandioquinha cozida. Saborosíssimo.
Depois chegaram duas enfermeiras e um médico muito simpático que comentou sobre a melhora do quadro do Mario.
Por volta das 22 Hs a Vânia apareceu com uma máscara branca (gripe) junto com a Eliani. A Rita havia saído minutos antes.
Foi mais um dia com o Mario, firme, num troca-troca de zelo e amores. Não daqueles de namorados, mas do amor que testemunhamos vendo os outros servirem, anônimos dando a mão a quem precisa e com um sorriso de otimismo no rosto.
Mario continua no fronte e continuaremos ao seu lado, incontinêntis, até a vitória, com a Graça de Deus.
José Márcio Castro Alves, 18 de Março de 2011